11.1.09

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Diz-se que nada é insubstituível. Pois eu não podia estar em maior desacordo.

Á medida que o tempo passa vou-me apercebendo de tudo o que ficou para trás e não consegui substituir, ainda hoje sinto isso. Por tudo o que passamos temos recordações que para nós são únicas, para os outros são momentos tão banais como outros quaisquer e onde a diferença é tão imperceptível que parece tudo um dejà vu. Hoje, como em tantos outros dias sinto a falta de um abraço, não um abraço qualquer, mas o melhor abraço que recebi até hoje. Tenho conversas comigo mesma onde me repreendo por não me saber abraçar tão bem quanto poderia saber, porque se acho que me desenrasco sozinha para tudo, também devia conseguir abraçar-me e adormecer com uma mão entrelaçada na outra, mas não consigo. Faz-me falta um abraço, e por mais abraços que tenha, vai sempre faltar-me um abraço.

Não deixa de ser estranho, contudo, passado tanto tempo eu continuar a sentir esse abraço, esse beijo e esse mesmo toque que não sinto há anos. Até começar a achar os meus pensamentos uma piroseira, acho mesmo que sei porque é isto. Porque nunca conheci ninguém que fosse substituível, e vou continuando a sentir como se fosse verdade, e como se nunca mais deixasse de sentir.


1.11.2007


Porque é que a adolescência no faz pessoas tão necessitadas? assusta-me ver que eu também já me dei a pirosadas e que já chorei imenso por coisas que agora não têm assim tanta importância. Vá, têm a importância que devem ter, lá no lugar delas, mas não me afecta a vida de uma maneira tão exagerada como pelos vistos afectava há um ano ou dois. O tempo passa rápido (e com ele passa a estupidez, ainda bem.)

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