11.1.09

and now the weather...

Não sou uma pessoa que vê as notícias. Todos os dias agarro em todos os jornais gratuitos que encontro pelo caminho casa-escola e vice-versa com o único propósito de recortar algo que me interesse sobre música ou cinema e reciclar o resto, e eventualmente compro o Público à sexta-feira. A primeira página pode dizer que o mundo acaba no final do dia, mesmo assim eu não iria reparar, a menos que alguém me contasse (ou começasse a ver pessoas a procriarem na rua como coelhos, montras partidas com toda a gente a sair de lá de dentro com os braços cheios de coisas ou assim…). Sou extremamente fácil de enganar. Quer dizer, é preciso ter alguma subtileza a enganar-me – no que diz respeito ao mundo em geral podem inventar (quase) tudo o que quiserem, como já disse, não vejo telejornais, não ouço rádio nem leio jornais com regularidade, e posso passar algum tempo ao computador mas se me perguntarem o que estou a fazer, eu não vou saber responder. Estou por aqui…

Nem por isso me considero uma pessoa burra, porque com certeza se eu tivesse algum interesse no que se passa no resto do mundo, iria estar com atenção a isso. Eu sei do que quero saber, nas quantidades que acho razoáveis e por agora sou feliz com isso. Já aconteceu, claro, sentir que deveria saber algo que não me interessa de maneira a poder estabelecer uma conversa. Não viesse eu de onde venho – a terra onde só circulam notícias interiores – e ter-me-ia safado muito melhor nessas conversas. O problema é que muito pouca gente não sabe coisas, como eu. Se calhar um destes dias vai haver um teste geral à humanidade sobre o que se passa no mundo e eu vou para o canto da sala do mundo com um chapéu a dizer dumbass.

Mesmo aí iria arranjar uma maneira mais divertida de passar o castigo sem ser a ler jornais e a ouvir as notícias.

Eu quero é ir até às notícias e morrer lá se for preciso.

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