20.11.09

Estou a atingir o pico de space dementia.

O Bruno vive aqui em casa desde Agosto, porque a casa dele está em obras. Tudo bem, em Agosto eu não estava cá, em Setembro vim a meio do mês, em Outubro tudo giro, a meio de Novembro começo a ter problemas de espaço e atingiu hoje o limite quando ele trouxe um candeeiro que estava na rua. Não sei se foi disso. Já me sentia com falta de espaço há algum tempo, até quando vivia sozinha, mas fui solucionando isso à minha maneira.

A minha maneira de agora solucionar essa falta de espaço é nem sequer vir a casa. Ou vir o mais tarde possível. Já é a terceira noite (acho) que chego a casa às 3 da manhã, porque é simples: Chego, visto o pijama e durmo; acordo, tomo banho, visto-me e saio.

Eu gosto muito dele, mas já não suporto não me conseguir mexer dentro da minha própria casa. Sinto-me como aqueles drogados que vivem no meio das seringas gastas, das roupas sujas e das garrafas partidas e não querem saber, a minha casa é isso: sujidade - porque tenho ainda menos vontade de fazer limpezas do que o normal, por não poder limpar, let's say, a sala; e desarrumação - porque somos duas pessoas num T0.


Isto, in a way, preocupa-me. No que diz respeito ao meu solteirismo. Mas acho que se gostar de uma pessoa a sério consigo aturar todas as porcarias que traga para casa. Enquanto não for a minha irmã a dizer esta última frase (e duvido que a esta altura a dissesse), acho que posso estar tranquila e ter ataques interiores de pânico à vontade.



A minha cama é, em comparação ao jogo da apanhada, a "casa".

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