5.8.09

Odeio a minha casa.

É verdade. Nunca gostei de morar aqui.

Cheguei ontem de Paredes de Coura (a Castelo Branco, estive no Porto desde dia 2), e tinha um recado da minha mãe "A casa está cheia de formigas". Como se não fossemos notar. De manhã acordei com espírito para limpar a tenda e tratar desse pequeno assunto que me infestou a casa na minha ausência. E foi o que fiz, mas a meio - agora - desisti.

Em primeiro lugar porque os meus pais não facilitam. Há cangalhada por tudo quanto é chão, como se não houvesse espaço para guardar nada, e a certa altura comecei a fartar-me de desviar as coisas com cuidado e a desvia-las ao pontapé, progressivamente mais agressivos; em segundo porque são milhares. Milhares mesmo, ao ponto de eu e a minha irmã acharmos que a casa vai desmoronar a qualquer altura.

Imagino o solo da minha casa cheio de canais de formigas, que a cerca altura vão desmoronar os seus próprios caminhos para me destruirei a mim.


Mentalmente já estão a conseguir.

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